Não sejais iludidos: José Sócrates continua no seu poleiro porque ninguém o quer lá fora. António Guterres, apesar de tudo, menos mau, em alguns aspectos, que o actual Primeiro-Ministro, mal teve a oportunidade, abandonou o barco antes das coisas ficarem feias para o lado dele. De seguida, Ferro Rodrigues, no meio de acusações e conspirações que viram a sua filha descer vertiginosamente na categoria de jornalistas respeitáveis até o que é hoje, perdeu as eleições e o poleiro do Guterres para Durão Barroso. O "Cherne", então, também resolveu abandonar o barco pelo primeiro tacho que lhe apareceu - e logo um dos grandes, União Europeia e tal. O seu sucessor, Santana Lopes, foi uma vergonha e um desastre, o que lhe valeu a perda da oportunidade dada por Jorge Sampaio, o então Presidente da República. Ganhou-lhe, então, José Sócrates, o "Menino de Oiro do PS", por uma maioria absoluta. E foi então que tudo começou...
Houve quase guerras entre os mais diversos ministérios e os seus profissionais, desde a área da saúde, à educação, passando pela cultura e trabalho e solidariedade social.
Houve populações descontentes.
Houve mais medidas que, mesmo a curto prazo, foram provadas como sendo mais erradas que certas.
Houve derivas à esquerda socialmente, mas não o suficiente para as necessidades das populações.
Houve derivas à direita económica e, por vezes, socialmente, e foi a roçar o descalabro.
Houve eleições e ele ganhou à mesma.
Há duas coisas a realçar, dois grandes feitos onde, reconheça-se, José Sócrates tem o seu mérito: na descriminalização do aborto até às 10 semanas e na legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De resto, o que há?
Há as mesmas guerras, sem tirar nem pôr.
Há, ainda, população cada vez mais descontentes.
Há cada vez mais medidas erradas e que são um autêntico descalabro, todas de direita. Em conluio, claro, com o PSD, o gorila/capanga de Sócrates.
O amigalhaço.
O parceiro do tango.
A UE e os restantes orgãos internacionais aplaudem todas as medidas erradas de Sócrates. E eles sabem que as medidas estão erradas. Mas entre terem um José Sócrates, Primeiro-Ministro de Portugal e terem um José Sócrates à sua porta, a pedir um tacho, acho que preferem o Sócrates neste país à beira-mar plantado.
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