2010/09/21

Do tempo

Questão curiosa, o tempo. Tenho um grande amigo que diz que o tempo é a medida mais subjectiva que existe, porque para mim pode passar muito rapidamente mas para algum de vós pode passar muito devagarinho. E é curioso quando o tempo nos falta. É igualmente curioso quando o tempo nos sobra demasiado. Seja como for, nunca acontece a curiosidade de o tempo ser mesmo à medida: "precisava de cinquenta minutos e nem mais nem menos, pimba, cinquenta minutos tive". As horas são coisas horríveis... Quantas vezes parece que passaram três ou quatro, mas passou uma ou meia... Ou quando nós queremos que ainda só tenha passado uma ou meia e já passaram três ou quatro. No tempo também não se pode voltar atrás, para mal dos pecados de muita gente - pudesse-se e talvez as vidas de muita gente não seriam iguais. Caraças, o mundo provavelmente não seria igual!

A questão que mais me apoquenta em relação ao tempo é ele passar, simplesmente. Não se pode parar o tempo, por muita subjectividade que lhe queiramos incutir. Ele pode parecer quase quase parado, mas nunca pára porque é algo que precisa do movimento para sobreviver. Parásse-se o tempo e ele pararia para sempre. Mas há aqueles momentos, tão bons, que se quer que durem para sempre. É manhoso, o tempo, funciona sempre contra a nossa vontade, por isso é uma espécie de anti-subjectivo: se é bom para nós, pimba, lá vou eu mais depressa; se é mau para nós, ai de mim que estou tão preguiçoso...

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