Será amor quando não se deixa de pensar em alguém? Ou será que, por vezes, não é bem assim?
Passo a explicar:
A. Imaginemos duas pessoas que gostam de estar uma com a outra. Quando não estão juntas não deixam de pensar uma na outra. Será amor?
B. Imaginemos duas pessoas que se odeiam mutuamente. Pensam sempre constantemente na outra de uma forma raivosa. Será amor?
C. Imaginemos dois grandes amigos que brincam constantemente. Quando estão juntos são mais do que amigos ou irmãos e, quando não estão, não deixam de pensar nas suas próximas brincadeiras. Será amor?
D. Imaginemos duas pessoas que se entreolham na rua mas que ficam a pensar uma na outra o tempo todo. Será amor?
Creio que a A é um caso de amor. Conhecem-se, gostam de estar uma pessoa com a outra e não param de pensar no outro. Penso que sim, que seja um caso de amor. Há paixão, há compromisso e há amizade.
O B é, das duas uma, ou um caso real de ódio, ou um caso de amor reprimido por uma qualquer convenção que a sua própria mente criou inconscientemente e que faz com que haja amor sem o sentimento "normal".
Em C temos um caso de amor amigo, por assim dizer. Não é preciso descrever, é o típico caso de um amor entre melhores amigos. Pode haver passagem para um "nível superior" (de A, por exemplo).
D descreve-nos o amor à primeira vista, que mais não é do que uma atracção sexual por alguém desconhecido cuja imagem ficou em nós marcada por um motivo qualquer. Penso não passar de isso.
Em todos os casos pode haver amor, vários amores. Nenhum deles sinto eu. Embora já tenha passado por todas as situações e sei descrevê-las todas, agora não sinto nada disto. Não digo, claro, se sinto algo mais ou menos bom, ou mais ou menos intenso. Mas nunca tinha pensado que podia haver um amor com amizade, paixão e compromisso sem que fosse mesmo amor... Benvindos ao meu mundo.
Desculpe quem me lê este meu devaneio mais para o emocional, ainda por cima tarde e a más horas. O que se passa é que este espaço é meu e tem tão pouco sobre mim que quis enchê-lo com esta "bomba", para compensar o tom mais impessoal com que costumo escrever.
2 comentários:
acho - mesmo - que não tens de pedir
desculpa pelo que chamas os teus devaneios sentimentais, Tiago, bem pelo contrário! pela minha parte fico sensibilizada, e agradeço a partilha, a generosidade de te dares assim a quem te lê!
agora .. desculpas deverias pedir era pelo tamanho mínimo da letra que usas, isso sim, um 'abuso' para com os teus leitores 'maiores-de-idade'!! LOL
bjissss!!
Hehehe! Fica aqui a promessa de aumentar o tamanho das minhas "notas"... :D
Beijinhos!
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