Não escreverá mais nada. Faleceu hoje, aos 87 anos, o único galardoado com o prémio nobel da literatura português, grande escritor e um bom homem. Para trás deixa livros belíssimos que fazem e farão a delícia de milhões à volta do mundo inteiro. Não vou pôr aqui frases feitas do género, descansa em paz, ou, que a tua alma tenha descanso, porque seria um insulto à sua pessoa, ateu e comunista, e seria para mim hipócrita dizer tais coisas, por o ser também. A maior homenagem que lhe posso fazer é escrever este texto como ele escreveria um conto, uma história, um livro ou um poema seu. Polémico, auto-exilado por defender a sua obra, iberista, verdadeiro, irónico, corrosivo, são inúmeros os adjectivos que poderiam compôr este homem e, neste momento, faltam-me as palavras, tal é a minha tristeza e choque perante a morte deste escritor, faltam-me as palavras para o que foi, o que é e sempre será esse homem, esse escritor, esse camarada, essa pessoa genial e maravilhosa, josé saramago.
(1922 - 2010)
1 comentário:
Dá-me para estas coisas, mas lembro-me de um excerto do primeiro livro do Harry Potter em que Dumbledore diz "para uma mente bem organizada, a morte é apenas mais uma aventura".
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