Julia

Hoje comprei um livro e vi um filme. Foi um clássico da literatura culinária e o que eu espero que se torne um clássico do cinema gastronómico. Trata-se, respectivamente de "Mastering the Art of French Cooking" (CHILD, Julia, BECK, Simone, BERTHOLLE, Louisette; 1961) e "Julie & Julia" (realizado e escrito por Norah Ephron). Minhas senhoras e meus senhores, cozinhar é aquilo. É começar quando der mais jeito, é divertirmo-nos, é ensinar os outros, é comer, é provar, é ter um prazo, horários e medidas, é ter alguém ao nosso lado e falar, mesmo quando estamos sozinhos. É não ter medo de arriscar, nem ter medo de experimentar, nem ter medo de reinventar, de adaptar ou de reescrever. É não ter medo do que os outros possam dizer da nossa comida, mas nunca sermos nós a dizer mal dela. É ter satisfação e prazer. É usar os instrumentos mais fascinantes de todo o corpo humano, os sentidos, todos ao mesmo tempo. É coordenação e memória. É frio e é calor. Enfim, cozinhar é, sem outra definição possível, Julia Child.

Post dedicado à memória de Julia Child (15 de Agosto de 1912 - 13 de Agosto de 2004)