Antes de mais uma introdução a duas novas rubricas do meu espaço, este blogue. "Lazer" e "Critique". O primeiro, como diz o nome, é sobre o que eu faço nos meus tempos livres. Textos acerca do que me dá prazer fazer que não seja de 'obrigação'. O segundo é uma crítica ao que vou assistindo no meu dia-a-dia. Sejam livros, filmes, restaurantes, teatro, concertos... Enfim, vou criticar e fazer ouvir-me, seja positiva, seja negativamente. Sem mais demoras, vamos avançar para a minha primeira crítica.
O Restaurante Olivença, em Almada, alimenta bem. A comida tem sabor, vem numa quantidade tal que até se deixa um bocadinho no prato e é, no melhor sentido da expressão, um restaurante tradicional como já há poucos.
Entra-se no Olivença e aquele sítio transpira comida prática e em quantidades enfarta-brutos por todos os seus poros. O restaurante transpirar isso, é algo interessante, mas deixa de o ser quando acontece o mesmo com o empregado. Para além de uma antipatia, de uma rudeza, de um ar de superioridade típico de um labrego, o empregado que nos serviu suava muito. Era detectá-lo ao longe, não pela falta de um sorriso, mas antes pela sua brilhante testa que nos ofuscava a vista. Mas, como não detectei nenhuma gota do néctar humano daquele homem a caír na comida, tenho de me obrigar a dizer que o suor não é o pior naquele homem. Como já disse, a falta de um sorriso em toda a hora que estive naquele resturante levou-me a pensar que mal teria eu feito àquele sujeito. Apesar da comida deliciosa (embora peque por não ter uma variedade particularmente grande), a vontade de voltar lá e de ser atendido por aquele sujeito é nula.
Olhando em volta, apercebo-me que os outros (o outro? Só vi mais um empregado, parece-me) empregados sorriem com a satisfação típica de um homem que está apenas a fazer bem o seu trabalho. Agora, enquanto eu peço a minha comida, eu espero um empregado atencioso que me pergunte o que eu quero beber, a meio da refeição que me pergunte se estou satisfeito, que me pergunte gentilmente o que vai ser para sobremesa. Não espero nunca um arrogante e pretencioso empregado que, com toda a sua mal-criadice, me pergunte da forma mais bruta que arranja "É só?" mal acabo de pedir a refeição.
Da comida, nada a dizer, como já referi. As salsichas frescas estavam grelhadas e optimamente temperadas, o arroz de pato estava equilibrado, embora não fosse pato com arroz, e os carapaus estavam frescos e bem grelhados. Um restaurante barato e que satisfaz o mais apressado e o mais esfaminto ou quem seja ambos. Só evitem não escolher o empregado com um sorriso.
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